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Tuesday, May 12, 2009

Parelhas

Todas as boas parelhas não passam disso mesmo, boas parelhas. Não existem más parelhas, porque uma parelha que seja má, é considerada uma unidade. As parelhas justificam-se na sua existência por conseguirem co-existir em conjunto. Mas existem parelhas que embora queiram dizer o mesmo só podem funcionar como uma unidade. Não é culpa da parelha em si, mas sim por culpa das pessoas que teimam em complicar.

"Anormal" e "Nada normal"

É muito diferente chamar "anormal" a uma pessoa e chamar "nada normal". Enquanto que um "anormal" é uma ofensa directamente proporcional á anormalidade do ser, um ser a quem apelidam de "nada normal" pode até ser considerado uma espécie de elogio. Pode ser tão especial que salta fora da normalidade. É uma parelha...que teima em funcionar em unidade.

"Fodilhão" e "Bom na cama"

Um "fodilhão" é um gajo que pode não ser bom na cama. Um gajo que é "Bom na cama" pode não ser um "fodilhão", mas ambos querem dizer a mesma coisa. É mais bonito dizer que aquele gajo é "Bom na cama" do que dizer que aquele gajo é um grande "fodilhão". Tudo porque a palavra "fodilhão" rima com cabrão e pode ser essa a definição correcta para a personagem de que se fala. Mais um exemplo de uma parelha...que só funciona em unidade.

"Atrasado mental" e "Deficiente"

Todos os homens são "atrasados mentais" e apenas alguns são "deficientes". Mais depressa as mulheres se apaixonam por um "deficiente" do que por um "atrasado mental". Ambos relatam a fraca tendência masculina para o perfeccionismo, mas apenas uma é usada para o definir em locais relacionáveis. Funcionam bem em parelha...mas muito melhor em unidade.

"Gaja" e "Mulher"

Uma "gaja" é uma "Mulher" e uma "mulher" é uma "gaja". A diferença é que nem todas as "mulheres" gostam de ser apelidadas de "gajas" e todas as "gajas" anseiam em ser "Mulheres" na boca de muitos homens. É mais fácil para mim definir uma "gaja" do que uma "mulher", até porque uma "gaja" é qualquer ser que desfile à minha frente e uma "mulher" é um ser o qual eu sinto alguma afinidade e deu-me razões para a tratar como tal. É uma parelha familiar...muito equilibrada...mas como unidade separa muito bem o que um homem gosta do que um homem quer.

"Sexo" e "Amor"

Aqui está a parelha mais complicada de definir. Ambas querem dizer o mesmo. "É o epílogo de uma relação entre duas pessoas". O problema é que nem toda a gente tem para si a mesma definição. Para uns "amor", é "sexo" com gomas, pastilha elástica, cinema, palavras doces e carinhos. Para outros "sexo" é "amor" sem as partes chatas que o "amor" consegue implementar numa relação. Os homens gostam de "sexo", as mulheres querem "amor", mesmo que façam "sexo". Os homens gostam de "sexo" porque não os obriga a tirar a máscara, corre mal, bem, pessimamente, é "sexo" e não se pede mais, mesmo que seja "amor mal feito". As mulheres gostam de "amor" porque "sexo bem feito" é "amor" e "amor mal feito" continua a ser "amor" e não "sexo". É a parelha que nunca será parelha.

"Broche" e "Sexo oral"

Pedir "sexo oral" é bonito, educado e fofinho. Pedir um "broche" é como pedir uma "mini" na festa dos Óscares. Ambos significam o mesmo mas "sexo oral" pedimos a quem nos interessa, um "broche" pedimos a quem já nos interessou. Aqui é uma parelha de educação. Uma é uma palavra bonita outra é uma palavra feia que apenas tem piada se for em forma de ofensa.

"Amiga" e "Bagaço"

Uma "bagaço" pode vir a ser uma "amiga", uma "amiga" nunca pode ser um "bagaço". Uma "amiga" que faça sexo connosco é uma "amiga colorida". Ambas podem ser aplicadas no mesmo sentido de diálogo mas nenhuma delas pode ser definida como tal. Dependendo do passado de cada uma, a avaliação é concluída. Se é nossa "amiga" é nossa "amiga", se é uma pessoa que conhecemos e vamos fazendo sexo é "bagaço". Uma parelha elucidativa que varia consoante o grau de amizade.

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