<$BlogRSDUrl$>

Wednesday, January 09, 2008

Diacronia

Lembro-me das histórias da minha mãe que na altura dela uma "puta" era uma senhora que ganhava a vida a vender o corpo para alimentar os filhos. O marido esse, ou estava num país distante ou tinha sido morto numa dessas guerras ou levado pela onda do maço de tabaco, muito na moda naquele tempo. Os tempos avançaram e uma "puta" passou a ser sinónimo de menina da noite, contractualmente ligada a uma casa de alterne ou cadeia hierárquica de um desses países de leste. Hoje a palavra "puta" já é tão banal como "amo-te", tudo porque as "putas" já passaram a fazer parte do imaginário, tal como o "amo-te". As "putas" agora não são "putas", são "acompanhantes" ou "carinhos", ou mesmo "entidade respeitada por grupo alargado de homens que procura "acompanhantes"".

Nunca vi tanta gente a ir ás "acompanhantes" como agora, parece que virou mesmo moda. Numa altura que o sexo está tão banalizado os homens preferem pagar do que perguntar "Queres fazer sexo comigo?"! Talvez seja esse o problema, nunca fomos habituados a ter sexo de forma fácil ou gratuita, sempre tivemos que nos esforçar como nunca para o conseguir...como agora está fácil, nós não sabemos lidar com isso preferimos tirar 30 euros da nossa conta e fingir que nos esforçamos numa casa de alterne.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?